Oh, meu pai celeste porque permitistes que eu vivesse um amor vil e cheio de incertezas?
Hoje me encontro sozinha e triste, pois meu amor já não faz gentilezas...
De cabelos longos e dourados me enfeitastes, de faces rosadas me brindastes, e de lábios aveludados me dedicastes.
Mas, o meu amor... Hoje, de mim já se cansastes, em meus encantos já não se deleita, e encontra nas concupiscências uma ilusória beleza...
Sinto dores a apertar-me o peito, como se dilacerado fosse pela fúria da incerteza.
Ai de mim, que peregrino mendigando as migalhas do meu amor em grande prontidão.
Porque, meu Pai, me gastigastes assim, se o único que fiz, foi entregar meu coração, e hoje o que recebo, nada mais é do que ingratidão?
O amor que me destes, uma vez disse que sabia amar-me com grande exatidão, que em meu corpo ultrapassavam os limites da razão!
Oh, minha pequena princesa tola, sofrestes por não saber distinguir o verdadeiro amor, pois, ele é inconfundível para os que o enxergam com olhos puros e com fervor.
Para ti, princesa minha, a aparência era o mais importante, mas teus olhos altivos e cheios do furor, transformaram em flagelos o encanto desse amor.
Mas, minha querida permita-me que te diga, atenta-te para o amor que ainda tens, transforma-o em caridade para o futuro amor que advém...
Sofrestes por não saber o que melhor lhe apraz, e hoje tens a aportunidade de tornar-te tão pura, humilde e sagaz, porém dentro dos limites de teu coração, para que não voltes a viver a horrível solidão.
Escuta-me amada minha, deves evoluir-te e não esmorecer, e disto te apossas, para que um dia não seja julgada como a velha fábula do barulho da carroça.
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